6 de fevereiro de 2010

Rádio com legendas



Argumentei, meio de brincadeira, meio por impulso, com o Thiago que o Twitter é como o rádio, por conta da sua audiência rotativa. Só que nos minutos seguintes a ideia foi se aprofundando e fazendo mais sentido. O Twitter é sim uma espécie de rádio moderno, pelo seu formato em si.

Sua capacidade de ser broadcast e "narrow cast" dentro do mesmo espaço nasceu com o seu formato. O Twitter é o blog que contém os posts e os comentários dentro da mesmo nível hierárquico

Mudanças posteriores no serviço acabaram por lapidar a ferramenta: A mudança que tornou visível replies na timeline apenas para pessoas que você também segue formou um novo nível de comunicação: Se antes todos seus seguidores liam as conversas agora elas só dizem respeito as pessioas que tem contatos e por consequência interesses em comum. Formam-se pequenos círculos onde pessoas conversam e relacionam intimidades tal como ela acontecia (unilateralmente, por limitação técnica) como a conversa ao pé do rádio.

Outra caraterística radiofônica do Twitter é que as pessoas leem a timeline em diferentes horários e raramente usam ou conseguem usar algum artifício para capturar o conteúdo que foi postado durante sua ausência. Por conta disso vários twitteiros atualmente postam o mesmo conteúdo em horários diferentes para tentar alcançar todos estes públicos. É a forma para se lidar com a audiência rotativa.

Talvez seja este o segredo de sucesso do Twitter. Se o formato do rádio continua tão atual e tão vivo dentro do século XXI, alguma outra ferramenta precisava usar o seu know how e seu método de trabalho. Assim continuamos fluindo neste século de comunicação, entre recados no ar e tweets frenéticos.

[A imagem que ilustra este post é um projeto bem interessante criado em Portugal de um rádio Wi-Fi criado a partir de um roteador comum. E é open-source. Vale a pena explorar.]

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