31 de dezembro de 2012

ENEM 2012 - Como cada veículo gostaria de cobrir







































































14 de novembro de 2012

Atualidades e antiguidades

Eu não saberia dizer se gosto mais de jornalismo ou de história. Pra mim são duas coisas que se complementam, faces da mesma moedas, irmãos.


A história é uma das fontes para buscar entender o que acontece hoje. E quem vai dar as pistas daqui há muito tempo sobre o que aconteceu naquele dia é o jornalismo.


Comparo o processo jornalístico como se fosse suco de uva. A história é a prova real dele, é quem vai dizer tempos depois se o resultado se tornou vinho ou vinagre.

16 de outubro de 2012

O2

O bairro que estou morando atualmente é um bairro de muros. Não de casas, de muros. — Fernado Pessoa se perguntaria: Onde está Lisboa com suas casas de várias cores? Onde estão as casas em si? — Porque eu não sei como são as casas, estão escondidas atrás dos muros. Isso ao mesmo tempo me irrita e me deixa aflito. Um sentimento de prisão, de claustrofobia, que com o tempo evolui para stress. Eu precisava rever como é o mundo de verdade. Recarregar o celular num domingo à tarde foi a desculpa que coube para atravessar a cidade a pé.


Não sei se foi o cansaço físico disso ou o alívio mental que causou mas dormi nesse dia melhor do que em muitos meses. Mas a causa da angústia continua, logo a estratégia será repetir isso com mais frequência. Talvez numa frequência assustadora. Parece que não só o cérebro em si se oxigena (apesar de muita poluição no ar) mas as idéias também. Talvez ajudado pelo fato de não ter um celular funcionando me fez falar um pouco comigo mesmo. Falar com aquela inspiração totalmente anti-social, que desaparece quando falo com alguém, quando leio um jornal, quando abro o Twitter.


Talvez a falta dela tenha me levado a saúde mental.

1 de outubro de 2012

Um mito. Em poucas palavras.

O jeito alegre da Hebe é tipo uma loucura. A melhor loucura pra se ter, diga-se de passagem.

É muito bom ter uma loucura que não faz mal nem aos outros nem a si mesmo.

29 de agosto de 2012

Paraolimpíadas ou paralimpíadas?

Giant Paralympic Agitos on Tower Bridge


Hoje, quarta-feira, começam as Paraolimpíadas 2012. Ou seriam "paralimpíadas"? Muito provalvelmente você também foi pego de surpresa com essa confusão do nome que não foi explicada por nenhum veículo de mídia (Não que eu esteja sabendo, pelo menos). Então vamos lá:


A grafia mais adotada em inglês é "paralympic", apesar de também acontecerem ocorrências do termo "paraolympic". A confusão entre os termos se deve muito ao fato de entre 1960 e 1988 o evento não adotar o nome pelo qual é conhecido hoje. "Paralympic" foi um termo cunhado pela imprensa, muito provavelmente da junção das palavras "paraplegic" e "Olympics".


Apesar de oficializado em 1988 em Seul, o nome "Paralympic" não se refere a "paraplegic" e sim ao prefixo grego 'para' que significa paralelo. A inclusão de diversos outros grupos de deficiências dentro dos jogos tornou essa referência inapropriada.


E o 'paralympics' e 'paraolympics', como fica?


Outras questões pesaram na escolha do "paralypics" e seus derivados em outras línguas como grafia oficial adotada pelo Comitê Internacional. A primeira é a questão do hiato, o encontro da a vogal A com a vogal O, que dificulta a pronúncia do nome em algumas línguas. A segunda é comercial. Com a prefixação acontecendo da palavra "Olympics" o Comitê Internacional Paralímpico poderia ter problemas pelo fato da palavra ser registrada como uma marca do Comitê Olímpico Internacional.


Por conta disso há a preferência pela grafia "paralympics" e consequente recomendação para que os demais comitês nacionais adotem uma versão semelhante.


Na língua portuguesa


Apesar de estudos apontaram para "paraolímpico" como sendo a versão mais correta, tanto o comitê brasileiro quanto o português adotaram "paralímpico" no nome, seguindo a recomendação do Comitê Internacional. E como visto a imprensa também adotou. Só não contou essa pequena-longa história que você aprendeu hoje. :)


Para saber mais, veja o documento do IPC sobre o assunto.



25 de agosto de 2012

Palitos da discórdia

Um dos assuntos dominantes nessa semana foi a página do Facebook da Gina indelicada e todas as consequências e complicações deste assunto. Gostaria de adicionar apenas alguns comentários.


O primeiro é observando as críticas de que não é um humor original, que repete um estilo que se encontra em qualquer lugar "vendido" sobre uma nova forma. O fato é que tudo no humor segue essa mesma lógica, esse mesmo esqueleto. Humor é sempre humor, só ganha novas embalagens (e não me refiro a Gina garota-da-caixa). Se cabe alguma genialidade ao autor nessa confusão certamente foi a de colocar tudo isso sob uma "marca" interessante. Por mais que isso seja cruel para todos que produzem conteúdo a forma é sim muito importante. É como o produto se entrega. A logística é bem mais importante do que as pessoas tem julgado.


O segundo é notar como esse humor baseado no mau humor vem se tornando um padrão. Ninguém escapa do mau humor. Faz parte da vida. Mas transformar isso em mercadoria principal é o tipo de "alimento intelectual" diário que eu não creio ser benéfico pra alguém.


Já que falei tanto de humor, e ao mesmo tempo não quero julgar se é certo ou não, apenas expus minha opinião, vai um vídeo que vai de cada um achar se é correto ou não: Adam Hills, comediante australiano, falando sobre paraolimpíadas. Informação adicional: ele nasceu sem parte de uma perna.



UPDATE: O Eden Wiedemann falou sobre o assunto.

17 de julho de 2012

A tristeza do palhaço

Tenho pra mim que todo humorista tem um grande vazio e uma grande dor dentro de si. Isso ficou bem mais claro pra mim numa cena que já devo ter contado aqui no blog, acontecida nos tempos que fazia fisioterapia. Esperando pela consulta, vi a fisio levando a paciente até a porta e ambas rindo de alguma coisa que não entendi. Ao me chamar e entrar na sala para começar a sessão ela falou um pouco sobre aquela pessoa. "Ela é muito engraçada, fala cada coisa... E ela está fazendo tratamento para depressão, muito curioso isso. Na verdade, é uma coisa bem comum pessoas com depressão serem alegres assim."


Claro que uma pessoa com depressão profunda não sai por aí contando a última bobagem que leu no Twitter, mas quem tem a depressão quase como um traço de sua personalidade (e eu me vejo assim) sabe muito bem usar uma máscara risonha. Talvez seja o lado do moeda que complete o Ying-Yang do mosaico que é um ser humano.


A tristeza e a dor tem o poder de nos des-anestesiar. Enxergar além das várias pequenas ilusões que vivemos todos os minutos e assim conseguir aquilo que a @rosana definiu um dia como humor, aquele choque que um neurônio causa no outro que dispara uma risada, um pensamento com caminho torto que destrói um conceito pronto.


E talvez seja enxergando o humor como uma forma de quebrar antigas estruturas que ele exista na mente e na forma de viver dos tristes e deprimidos. Uma vingança acontecendo dia após dia, sem que ninguém perceba.

19 de junho de 2012

Re-ciclo

Duas coisas são capazes de me manter longe da loucura: Remédios e trabalho. Uma das formas mais rápidas e eficiente de não ficar com pensamentos obsessivos e negativos é não ter tempo para pensá-los. E ainda tem a diferença que com remédios você gasta dinheiro e com trabalho você ganha.

Só que o problema volta nas férias. Ou nas mini-férias. Ou férias parceladas. Se deixar não saio da cama o dia todo e me sinto o Julian Assange em prisão domiciliar, só que por conta própria.

Agora eu só quero pensar na volta da rotina. E ficar morrendo de sono o dia inteiro do que não ter mais sono pra dormir.