25 de janeiro de 2009
15 de janeiro de 2009
Esse - Pê
É uma data que se avizinha-se. Dia 25 de janeiro a cidade que dá nome a este estado faz anos. Não faço idéia quantos são. Apenas queria aproveitar esta data para abrir um post e compartilhar minhas impresões e meus sentimentos em relação à maior cidade da América Latina.
- Já que falei de América Latina, uma das minhas visitas a São Paulo foi ao Memorial da América Latina e sua viagem em poucos passos para muitas e muitas culturas americanas. Um belo lugar largado ao tempo e a administrações sem muito sentido.
- Me lembro também dos anos que todo mês de janeiro era sinônimo de expedição rumo ao interior do estado. Almoçando num posto de beira de estrada em Águas de São Pedro (com direito a São Pedro nos castigando com seus raios e trovões) vi pela primeira vez a chamada desta série temática, que por ironia do destino acabei assistindo em Minas Gerais:
- Entre outros (poucos) lugares da capital que conheci foram o Ibirapuera e o Museu do Ipiranga. Mas o mais marcante de tudo era entrar na Marginal, via Bandeirantes com sempre a mesma trilha sonora tocando na cabeça, Fernanda Porto. Nada define melhor pra mim a "paulistanidade" do que as músicas dela:
- E como memórias auditivas são fortes mensageiras, me lembro dos tempo que a CBN Campinas não fazia seu programa local aos sábados e nos repassava, na íntegra, o CBN São Paulo, já apresentado por Milton Jung. Fiquei sabendo muito sobre os pequenos e grandes dramas da cidade, assim como seus momentos de alegria.
E já que é este o assunto, fica aqui também o convite para quem puder comparecer ao vivo ou só ouvir via internet mesmo, ao programa especial em homenagem à cidade e sua gente, neste sábado dia 24. Mais informações no blog do Milton.
14 de janeiro de 2009
Perguntas demais
Se tem uma coisa que faço com frequência é me comunicar com pessoas desconhecidas. Seja num MSN, num Twitter, numa fila de banco ou me abrigando da chuva com um bando de gente num ponto de ônibus. É interessante, de fato. Problema acontece quando eu tento repassar estes conhecimentos adquiridos no processo, o que geralmente esbarra nas seguintes perguntas:
Qual era o nome dele/dela?
Eu juro que me esforço, mas de relance o máximo de informação que meu cérebro é capaz de absorver é a primeira letra do nome. É MUITO rotineiro eu atender o telefone para chamar alguém, perguntarem o nome da pessoa que ligou e eu responder "Olha, sei que começa com M".
Se eu lembro do seu nome, das duas uma: Ou eu já perguntei seu nome mais de 500 vezes ou eu gosto de você (o que levou à uma convivência suficiente para falar seu nome mais de 500 vezes)
Vencida a barreira do nome, seja lá de que maneira, vem a pergunta mais cabeluda:
No que ele/ela trabalha?
Sou um cara muito observador, de verdade. Sem precisar perguntar uma única vez acabo descobrindo que programa de TV você gosta, em qual corrente política você se apóia, que CDs gostaria de comprar. Tem coisa melhor?
Então, pra que me interessa que trabalho você tem pra ter o nível social que tem? Ou mais ainda, no que isso vai indicar seu grau de confiabilidade? Só porque quem me contou uma história interessante é coletor de lixo ela tem menos credibilidade?
Jesus, acende a luz, porquê desse mundo eu descobri que não vim mesmo...
Pra deixar bem claro
Por mais carência afetiva que eu possa um dia ter, ficar admirando 14 bichos-pouco-sapiens dentro de uma gaiola televisiva não me faria mais feliz.
7 de janeiro de 2009
Ser uma nação
A reforma ortográfica recente na lingua portuguesa fez ressurgir nas minhas conversas do dia a dia um tema oportuno. O que nos faz uma nação?
Quase todos os dias, me conecto e converso com pessoas que estão no Canadá, na Ingleterra, Irlanda, Japão. E falamos todos os mesmos assuntos, como se fossemos parte de uma mesma roda de conversa no meio da sala. Tudo que é notícia no Brasil é fonte de conversa para todos, mesmo aos que estão nas antípodas.
Nós formamos uma única massa, independente de localização geográfica, que vive sob uma mesma cultura. Uma nação itinerante.
O Brasil nunca teve um conceito forte de Estado, nem nas piores crises da sua recente história. Tivemos sim governos fortes, autoritários. Mas a Nação Brasil sempre viveu independente disso.
Temos a nossa língua, temos a nossa bandeira (aquele orgulho nacional na época da Copa que logo depois fica instantaneamente brega), temos o nosso povo, em qualquer ponto do mundo. Podem escrever, se um dia encontrarem um planeta com vida vão achar lá pelo menos uns 10 mineiros de Governador Valadares.
Só nos falta um Estado à altura disso tudo.
Rumos. Ou a falta deles.
Acredito que se fosse uma latas de sardinhas seria bem mais feliz. Já saberia (direto, na lata) meu prazo de validade. Não?
A realidade é que o Greenpeace me aprova. Sou feito de um material extremamente biodegradável mas infelizmente não possuo material de qualidade para fazer sabão. Um trabalhão para as reciclagens.
Numa eventual preguiça tentaria ser porra louca de uma forma menos convencional, já que morrer de tuberculose já não faz mais glamour e a aids já deixou de ocupar as manchetes dos jornais. (E quem ainda os lê?)
É como meu pai diz, até pra morrer a gente precisa ser corajoso.