7 de janeiro de 2009

Ser uma nação

A reforma ortográfica recente na lingua portuguesa fez ressurgir nas minhas conversas do dia a dia um tema oportuno. O que nos faz uma nação?

Quase todos os dias, me conecto e converso com pessoas que estão no Canadá, na Ingleterra, Irlanda, Japão. E falamos todos os mesmos assuntos, como se fossemos parte de uma mesma roda de conversa no meio da sala. Tudo que é notícia no Brasil é fonte de conversa para todos, mesmo aos que estão nas antípodas.

Nós formamos uma única massa, independente de localização geográfica, que vive sob uma mesma cultura. Uma nação itinerante.

O Brasil nunca teve um conceito forte de Estado, nem nas piores crises da sua recente história. Tivemos sim governos fortes, autoritários. Mas a Nação Brasil sempre viveu independente disso.

Temos a nossa língua, temos a nossa bandeira (aquele orgulho nacional na época da Copa que logo depois fica instantaneamente brega), temos o nosso povo, em qualquer ponto do mundo. Podem escrever, se um dia encontrarem um planeta com vida vão achar lá pelo menos uns 10 mineiros de Governador Valadares.

Só nos falta um Estado à altura disso tudo.

Um comentário:

  1. No Brasil, patriotismo combina com futebol em época de Copa do Mundo. Só.

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