Da mesma forma que no início do século foi sugerido que devia-se fechar todos os escritórios de patentes, "pois tudo já havia sido inventado", hoje decreta-se a morte do jornalismo.
Tenho uma saída, uma solução mágica? Não. Mas da mesma forma que se deu tempo ao tempo na primeira situação.
A mudança de comportamento que prego é para que os meios de comunicação e jornalistas parem de se preocupar com o futuro e passem a trabalhar no presente.
Dia após dia são criadas novas ferramentas que vão subvertendo as funções do jornalismo tradicional. Onde estão os diplomados para tirar proveito disso tudo e transformar em novos conceitos e novos formatos aquilo que aprenderam na faculdade?
Em boa parte a crise dentro da área se justifica pelo alto número de pessoas acomodadas em seu próprio ego, no poder imaginário que todos seriam eternamente submissos ao que saísse das suas sagradas palavras. Hoje o paradigma é outro: Não queremos ser apenas espectadores. E o mais irônico é que o jornalismo desde sempre devia estar preparado e além disso, trabalhando com esta hipótese.
A notícia não tem como objetivo tão somente o registro histórico de algum fato mas sim abrir a possibilidade e trazer as ferramentas para a mudança da realidade. A notícia deve servir ao público e não o contrário.
A dica básica que eu dou pra quem quer realmente mudar sua forma de trabalho e se adaptar aos novos tempos é a mais velha do ofício: Converse e escute. Pessoas pela rua, seus colegas, o cara que senta do teu lado no ônibus... Esta é a sua verdadeira pauta.
23 de setembro de 2009
Paradigmas do presente
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