25 de setembro de 2008

Rádio: Uma história que não termina



Vou direto a ferida, mas logo logo chego com o Merthiolate.

Quando a TV chegou, a morte do rádio parecia ser certa.
Diziam isso por todos os cantos do mesmo jeito que disseram que o videocassete ia matar o cinema, a internet ia acabar com os Correios... (e com as filas dos bancos também)

Nesse meio tempo, estivemos com nossos carros sintonizados no meio do trânsito, procurando saber as melhores rotas, as últimas piadas prontas do nosso presidente.
Ouvimos grandes sucessos de nossas vidas em radinhos de pilha pedalando nossas bicicletas ao entardecer. Sofremos a adrenalina de esperar na linha até conseguir entrar ao vivo pra mandar aquela música pra pessoa querida. Presenciamos o fenômeno do rock nacional emergir na ondas duma rádio da cidade que dizíamos ter de bom apenas uma bela vista do Rio de Janeiro.

Num tempo que se achava que todo mundo se fecharia num mundo íntimo em formato MP3, os celulares com rádio embutido trazem de volta o "agora" nos seus ouvidos, na praça, no ônibus, no meio da aula de química...

Mais do que um cenário fascinante, um efeito inovador de edição, um apresentador incrível, nós queremos um ser humano com conteúdo. Ouvinte do ouvinte, que passa a ser co-autor de tudo. O rádio está mais perto de nós do que qualquer outra mídia. Ele está no fone de ouvido pendurado na nossa orelha. Ele está na mais longínqua vila da Amazônia. Está nas grandes cidades. Está na nossa vida.

25 de setembro, Dia do Rádio.
Homenagem a Roquette Pinto, o cara que acreditou no rádio no Brasil desde o primeiro momento.

Um comentário:

  1. PARABÉNS pelo texto! você falou tudo! concordo, concordo e concordo!

    Parabéns pro rádio então :D

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