15 de setembro de 2008

Balanço

Fazer aniversário perto do natal pode trazer vantagens e desvantagens. A primeira que a gente sente desde pequeno é que todo mundo gosta de economizar e já dá um presente pros dois, o que é muito frustrante pra uma criança. Ainda mais se o presente foi uma meia ou uma cueca.

Depois de crescer um pouco, essa coincidência de datas se funde com a nossa mania de recaptular e reavaliar tudo que aconteceu no ano passado. E o que pode afetar sua vida, bem mais a fundo do que normalmente acontece pra quem não tem um calendário anual desse jeito.

Minha cabeça voou hoje e aterrissou nesse aeroporto filosófico, como um SINDACTA que não controla nada através de seus radares. Pra onde a gente mira fazendo 20 anos?

Por agora, acho que o maior balanço que posso fazer é que hoje eu posso avaliar. O que vale a pena e o que não vale a pena.
Sou briguento pra quase tudo, mas hoje eu reconheço muito melhor que antes: É bom brigar, mas nem em todos os ringues.

Hoje poupo muito mais minhas energias que antes gastava em batalhas inúteis pra usá-las em boas e frutíferas idéias. Eu compro na baixa e revendo na alta. Pode parecer simples, mas isso mudou a minha vida completamente. O número de vezes que caio na cama por conta de esgotamento emocional chegou a praticamente zero.

E ao contrário do que estão pensando, os problemas não diminuiram, eles só aumentaram. Tanto os necessários como os bônus extras de se manter uma vida ativa e controversa dentro da Internet. As salsinhas e os trolls com arroba (e muitas vezes, com fotolog.com) já não fazem parte do meu vocabulário. Ofensas a mim já não tem o puro efeito de ofensa. Eu não sou uma unânimeidade. Não faço questão de ser bem amado, a menos pelas pessoas que assim eu correspondo.

Sinto-me exatamente como na canção da mestre Rita Lee. "O prazer de ser o que sou, de estar onde estou". Sem mais delongas.

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