6 de setembro de 2008

0058

Tenho em mãos meu segundo tocador portátil de música. Sim, eu fui fiel à tradição: Eu tive um Walkman de fita-cassete, agora tenho um semelhante digital, que herdou esse nome do seu fabricante.
O que colocar primeiro na memória dele? Talvez aquelas que eu mais ouço no momento.
Idéia abortada quando eu vi aquela pasta perto do iTunes: Ok Computer. Considerei absurda a idéia de não ter esse disco do Radiohead no musicante de bolso. Foi o álbum inteiro.

Acho que só por aqui já tem muita gente me achando estranho. Eu posso dizer o mesmo do disco. Mas não pra reprová-lo. Ok Computer é uma trilha sonora muito sutil, seja pra concordar com ela, seja pra usá-la de alerta e motivação de luta.

O mundo Radioheadiano profetizado em 1997 é ao mesmo tempo ficção na tese e real na prática. Você pode não entender em que mundo ele esteja vivendo, mas pode num relance do momento se lembrar de cantarolar "Come on rain down on me, form the great high" numa noite moderrenta e de garoa. Da mesma forma que você olha nesse momento pras luzes alaranjadas da rua na alta madrugada e se lembrar de "Let down".

Existe um culto à dor mundo afora. Periódicamente ele vira moda. Não é essa idéia.
É questão de ter paz consigo mesmo, no mar de ânimos e desânimos de qualquer vida. Como colocar tudo na ponta do lápis, querer ser pragmático consigo mesmo.

No melhor estilo de quem sabe que a estrada não tem rumo. Mas como quem não se importa com isso, continua andando pra ver no que ela pode dar.

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