Sempre tive uma pequena birra com o ano novo. Sempre militei pelos fracos e aprimidos 364 dias que nunca tem a sua vinda comemorada à meia-noite.
Continuo militando nesse movimento sim, mas hoje queria propor uma reflexão totalmente diferente da habitual nessa data.
Vamos parar de pensar em um ano novo?
Não, não tenho nada contra a passagem do tempo, e sim estou defendendo a saudável passagem dele. Explico: Será que a gente sempre tem que passar uma borracha no ano que passou, querendo que tudo seja 100% novo no ano seguinte, como se fosse político em final de mandato não querendo deixar nada para o eleito seguinte?
O mundo não andaria pra frente se cada ano que pasasse a gente tivesse um "reset" na idade e ficasse eternamente em um ano de vida. Da mesma forma que nenhum projeto é completo se não evoluir por todos os seus estágios seguintes.
Boas idéias sempre devem fazer parte da nossa rotina, e não só pra primeira semana de janeiro. Mas também não existe nada tão bom como ver um projeto desabrochando depois de muitos meses de gestação. Eu mesmo sempre gostei de criar muito mais que administrar, sempre arrisquei muitos projetos que nunca cheguei ao final. Mas se tem uma coisa que quero deixar marcado para o ano que vem, e faço disso um convite extensível à você que me lê agora, é botar as máquinas para trabalhar e administrar bem tudo que assim necessite. Na medida que isto o mereça.
Chega de revolução e viva a evolução!
E muitas boas obras em 2009 :)
31 de dezembro de 2008
Evoluindo para 2009
30 de dezembro de 2008
Presentes pós-natalinos!
A ordem da internet é compartilhar. E como é final de ano, vamos aos presentes virtuais?
A Radio 1 disponibilizou ao longo da semana que antecedeu o natal um download por dia do melhor do ano de 2008 na rádio, dentre também algumas gravações especialmente para as festas de fim de ano. Vamos à elas:
Coldplay - Have Yourself A Merry Little Christmas
Uma composição executada e cantada por Chris Martin que lembra muito as músicas natalinas do musical da Disney "Tempo de Melodia". Muito sentimental (e nostálgico).
Kings Of Leon - Sex On Fire
Vai ser difícil falar no que de bom aconteceu na música em 2008 sem citar Kings Of Leon. Pelo menos pra mim. Por tudo isso e mais alguma coisa, não seria justo deixar eles de fora da festa de fim de ano.
MGMT - Eletric Feel
Outra boa surpresa do ano que se passou, numa canção tão boa quanto as que você ouviu deles por aí. Pra quem já foi capaz de ouvir vozes gritando por Pink Floyd numa música deles, não é qualquer coisa assim...
The Last Shadow Puppets - Standing Next To Me
Se esse foi o ano que Alex Turner empunhou mais o violão ao invés do microfone e da guitarra, pelo menos não foi em vão. Os fãs pelo menos conseguiram se consolar a falta de novos trabalhos dos Arctic ouvindo sucessos como "My Mistakes Were Made For You" e agora ganham a versão uma made in BBC. Chique?
The Ting Tings - Shut Up And Let It Snow
Se você já perdeu completamente a paciência com os bumbos repetitivos e a voz infantil invocada do The Ting Tings esse ano, um tiro de misericórdia e um pedido de desculpas: Uma pequena paródia com a música "Shut up and let me go". Não é muito educada, mas funciona.
The Script - The Man Who Can't Be Moved
The Script também fez bonito no ano que se finda. Muito mais pelo single "Before It Worst" do que qualquer outra coisa que você vá encontrar nesse ao vivo. Não espere mais que uma música simpática.
29 de dezembro de 2008
23 de dezembro de 2008
Temos visita
18 de dezembro de 2008
Esquecendo um pequeno detalhe
(Do programa de TV que revelou (ou castigou) a todos nós Geraldo Luis, o A Hora da Verdade)
16 de dezembro de 2008
O aquecimento global e eu
Se existe um único ditado que explica todo meu jeito de ser, é este aqui: "Quando tudo dá errado, é sinal que agora só sobrou a chance de dar certo"
Cai um dilúvio na cidade de Americana. No verão é até compreensível, mas ao meio-dia?
Esperei a chuva baixar para sair. Fui à loja, comprei o que precisava e rumei pra casa. E a chuva foi voltando, engrossando e relampeando.
Quando chego à minha rua a minha maior surpresa é que ela se transformou em uma verdadeira corredeira, digna das boas lembranças de Brotas do nosso cantor e cara-única Daniel. Como vencer esse desafio?
1) As regras do jogo proíbem o uso de celular, já que você foi burro o bastante pra deixá-lo em casa!
2) Você não pode usar o orelhão, já que ele está bem ao lado de uma tampa de bueiro vertendo água, com milhares de carros passando em alta velocidade por cima, jogando água como Silvio Santos joga dinheiro pro alto.
OBS: PORQUE CARROS CORREM DEBAIXO DE CHUVA? Pedestres correndo é perfeitamente compreensível, mas carros? Porquê correm? Pra molhar o maior número de pedestres, pegar a estrelinha, juntar 100 pontos e passar de fase?
Você deve ter me visto subindo e descendo a rua inúmeras vezes bolando uma maneira altamente sagaz para entrar em casa: Pulando carros, subindo muros, gritando "TSUNAMI!", etc... Porém tudo em vão.
Juntei coragem e corri sobre as águas, e.... consegui! Alcancei o portão de casa!
Eu já estava comemorando ter passado o chefão mais difícil daquela fase quando a calçada da minha casa, que já fez muitas vítimas, fez mais uma: Eu de CHINELO (Não dá pra falar que Murphy não atenta a detalhes, não?) levo aquele gracioso e cinematográfico TOMBO no meio da enxurrada.
GAME OVER.
Chuva WINS!
15 de dezembro de 2008
14 de dezembro de 2008
Especial Fim de Ano - Snoopy
Como uma programação diferente pro fim de ano, montei esse pequeno programa/mixtape com algumas músicas clássicas dos desenhos do Snoopy para a televisão.
Contém:
* Joe Cool - B.B. King
* Lucy Is The Boss
* Musical Cheirs
* Slow Slow, Quick Quick!
Divirta-se!
Download do MP3
12 de dezembro de 2008
11 de dezembro de 2008
9 de dezembro de 2008
8 de dezembro de 2008
Música: A de antes, a de hoje e a de daqui a pouco.
Nos últimos dias, no meio da confusão das compras de final de ano, contatei um fato que há tempos ficava só no campo da teoria: As lojas de CD praticamente foram exitintas do centro da cidade. Duas fecharam, uma se concentrou como sebo e outra passou a vender mil bagulhos com somente só uma estantezinha com discos.
Ao desavisados gritam: "A indústria fonográfica está afundando! A música vai acabar!" Mas eu digo que não.
A indústria fonográfica pode até subir no telhado (nada que nos livre dos funks ridículos que aparecem sazonalmente, infelizmente) mas a música não vai morrer. Até porquê quando o homem aprendeu a fazer música, as gravadoras nem existiam.
Vejam o exemplo desse cara, um sucesso absurdamente viral com sua sarcástica canção sobre o Twitter:
Como ninguém é digno se não estiver no Twitter, Ben Walker lógicamente tem o seu. Nele foram narrados todos os acertos e tropeços da sua nova empreitada, o seu novo álbum, que agora está pronto. Em formato digital. E você já pode comprá-lo, pagando o valor que quiser, tal como foi com o caso do 'In Rainbows' do Radiohead.
Ben faz parte da chamada classe média musical. Aquele artista que está entre o completo desconhecimento e as multidões de lotar estádios de futebol.
Ben Walker já sacou qual é a jogada. Vender música hoje é muito mais do que um simples sampler de áudio, é uma experiência. Apesar de estar já muito desgastada pelo 'propagandês' moderno, experiência é o que melhor define o "Case Ben Walker". Você também acha que a Internet tranformou muito lixo em cultura? Você odeia as manhãs? Você acha que um cara extremamente despenteado narrando as mazelas que todo mundo percebe diariamente falaria muito sobre você mesmo? Pois bem, é com essa empatia e proximidade com o público (através de rede sociais, do blog e do Twitter) que ele conquista sua identificação. E só depois ele vende seu produto, a música.
Essa classe média que não tem como sonho de consumos iates e mansões, mas poder viver e sobreviver da sua arte. Talvez consiga. Odiando as manhãs ou não.
E que sirva de lição pra todas aquelas lojas de discos que um dia enfiaram a faca na nossa carteira.
** Como na blogosfera nada se cria, tudo se recicla, esse post também não existiria se a Pati não tivesse encontrado essa música no Blip e narrado no blog.
7 de dezembro de 2008
Post "pedindo pra ser xingado"
4 de dezembro de 2008
Café: O lado negro da Força
Muito se fala da atração da gravidade, somada a de Murphy, exercida em cima da manteiga (que hoje em dia nem mais manteiga é, as margarinas bio-vita-plus-light com gosto mil azeites dominam). Pouco se fala do famoso acompanhante do pão, o café.
O café exerce forte atração por tecidos, especialmente os claros.
Estava indo para a segunda caneca de café quando não mais que interesseiramente, vai café na minha roupa. Tá, eu tento limpar só com a água da torneira. Burrice. Acorda Micael, ISSO É CAFÉ! Um dos maiores motivos de sucesso dos poderososa Vanish's da vida, junto com os sucos em caixinha, vinhos Chapinha e o batom da sua amante no colarinho.
Vou até a área de serviço buscando algum alívio, mas o sabão e a esfregação não resolveram. Vou ter que botar, mas #comofas//
E dá-lhe balde!
Mancha 1 x 0 Eu
E dá-lhe água escorrendo pelo piso!
Mancha 2 x 0 Eu
♫ Sabão em pó! Cadê você? Eu vim aqui só pra achar você! ♫
Mancha 3 x 0 Eu
Daí pedi um tempo. O placar começou a ficar humilhante demais pro meu lado...
1 de dezembro de 2008
Mini-Woodstock caipira
Foi realmente um bom domingo pra sair de casa e dar um pulo na cidade dos peixes pulantes. (por coincidência, agora é época de piracema).
Minha intenção inicial seria participar do bate-papo com a banda Cachorro Grande pra soltar a capciosa pergunta "Vocês tem raiva do CQC por terem copiado seu figurino?". Infelizmente não deu. Cheguei lá às 16 horas, no horário marcado e... não tinha ninguém. Fui dar uma volta e nisso eu me perdi no tempo. Quando voltei já tinha passado e muito do horário.
Eu realmente não tenho sorte com nada que envolva a banda Cachorro Grande mesmo, (não ria, Brenda!) já que também pela hora que tudo se transcorria não tive condições de ficar para o show deles também.
E o que tivemos no palco além do Big Dog do Rio Grande do Sul?
Começamos o domingo (na verdade foram 3 dias de shows, mas só pude ir neste) com o Grupo de Pífanos Flautins Matuá, de Campinas. E dá-se início à invasão hippie no Engenho Central.
Pra quem não é do movimento paz e amor e/ou muito cara-de-pau, foi preciso uma dose cavalar de boa vontade pra continuar na platéia e conviver com tantos rituais dançantes do "balacobaco", mesmo que essa expressão não tenha feito muito sentido nos anos 60, mora?
Mas a boa vontade de todos valeu muito a pena. O grupo, que se inspira fortemente nas raízes culturais do interior do Brasil, principalmente nordestinas, deu um brilho especial à tarde píracicabana de domingo.
Eu já esperava um bom show do grupo de pífanos, o contrário do que eu esperava de Pipo Pegoraro e Banda. Felizmente eu estava redondamente enganado.
Eu arriscaria a comparar o trabalho com Max de Castro, mas reconsiderei. Eles vão muito mais longe: Misturam influências de MPB, drum'n'bass (com DJ ao vivo no local), passando pelo soul de Jorge Ben e intercalando com as raízes do RAP, improvisando ali na hora com um dos parcipantes do evento. Simplesmente incrível.
Exatamente o oposto que aconteceu com Pipo Pegoraro, aconteceu com o Chavala Talhada. Estranhamente a única banda que se declarou de "rock" no release foi a que mais longe passou disso no palco: Baladinhas pop, homenagem reggae... Se eu tivesse feito questão de só ter visto essa banda saíria de lá muito decepcionado.
A noite já caía e o movimento começava a ficar grande no Engenho. Agora é que os fãs de Cachorro Grande começavam a chegar ao local, a maioria vindo de outras cidades, como a quantidade de mochilas nas costas denunciava. Deviam ter feito que nem a garota que estava do meu lado na grade durante os primeiros shows, ela veio de São Paulo pra ver CG, mas chegou cedo e viu o evento do começo ao fim. Valeu a pena, guria!
O próximo "Cena Musical Independente" acontece dias 12, 13 e 14 de dezembro em São Sebastião e até agora estão confirmados shows com Autorames e Plebe Rube.
Eu quero ir, #comofas/