10 de novembro de 2011
Estranha carreira profissional
Domingo passado fiz mais uma etapa de uma nada coerente carreira profissional: Uma primeira final de campeonato de futebol. De segunda divisão, onde a dificuldade é bastante ligada à estrutura ou a falta dela. E estando no campo. E cobrindo briga após o jogo.
Minha carreira televisiva (com ou sem aspas, dependendo da opinião do leitor) até agora teve passagens pelo cenário alternativo de música, depois tecnologia, um pouco de política nas eleições e atualmente nos esportes. Sempre sendo jogado na fogueira.
Reclamações? Na hora, sim. Mas sempre rola o medo de se arrepender por ter dito "não" a uma oportunidade. Já devo ter contado isso aqui, mas me lembro muito fortemente a hora que recebi o convite para cobrir a apuração das eleições. Sozinho. Em outra cidade. Ao vivo.
Devo ter ficado uns 5 minutos recusando o convite. A nossa coordenadora na época, grande pessoa, relutava em aceitar meu "não" e acabou aceitando muito a contra-gosto. Saí da sala, peguei o corredor e fui ao bebedouro. E pensei mil coisas naquele caminho, ndaquela forma que o pensamento tem de processar tantas coisas que não caberiam jamais em um tempo físico de fala ou escrita. Voltei para a sala e com uma coragem que até hoje não sabia que teria pedi a oportunidade de volta.
Minha chefe concordou com um sorriso de quem já sabia que isso ia acontecer.
Esses são os pequenos momentos dentro de um correira atribulada da vida que eu faço de tudo para manter sempre na memória tentando sentir a mesma coisa que senti naquela hora.
É por isso eu continuo fazendo um caminho muito longe de ser uma linha reta.
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