31 de março de 2010

Dentro e fora do script

O Big Brother Brasil foi certeiro na hora de fazer seu elenco: Chamou uma pseudo-celebridade do Twitter e homossexuais. Creio que eles já sabiam como estes públicos se coincidem.

Nestas horas eu parei pra me perguntar: Porque será que o público homossexual é tão presente no Twitter?

Creio que se deva muito a democracia que o Twitter traz, principalmente na democracia da informação. Bons jornalistas souberam enxergar isto e saber tirar proveito desta fonte, porque sabem que a verdade não precisa de controle, ela flui naturalmente. O público gay percebeu isto e soube aproveitar a voz democrática que a ferramenta proporcionou.

Mas todos nós temos recaídas. Em vários momentos deixamos de pensar por nós mesmos e seguimos os instintos buscando receber alguma aprovação de terceiros, provar algo para alguém. Foi o que pude observar assistindo de longe a trajetória da edição 2010 do BBB, pessoas que buscavam reconhecimento da sociedade, como um troféu moral, a vitória de um "representante" (entre aspas, porque BBB não é política) dentro do tal reality show.

Na véspera da final do programa, numa incrível coincidência de datas, o cantor Ricky Martin assumiu sua homossexualidade através de uma nota em seu site, no qual o texto viria a calhar muito bem para a moral da história que iria se concluir na terça feira:

Que escrever essas linhas é a conquista da minha paz interior, parte vital da minha evolução. Hoje ACEITO MINHA HOMOSSEXUALIDADE como um presente que a vida me deu. Me sinto abençoado por ser quem sou!

(traduzido por Rosana Hermann)



Ricky falou muito sobre paz interior, algo fundamental para viver bem. Por ser interior não depende de aprovação externa.

Sem trocadilhos com um outro habitante da casa, se o Dourado ganhou, "dai a César o que é de César". Não é necessária uma coroação em rede nacional para conseguir o objetivo de criar uma sociedade em um ambiente mais plural. Pelo contrário, só piora.

O Big Brother é um jogo, um entretenimento sem nenhum objetivo educacional (ainda bem!) e acima de tudo um fenômeno sazonal do nosso país. Tudo ali rapidamente no esquecimento, tanto os maus aspectos quanto os bons aspectos. Nós precisamos de lições que realmente fiquem. Nisso o Twitter teve e tem um papel muito mais importante.

Para mim fica muito mais o aprendizado de ter conhecido novas idéias, novos pontos de vista e novas pessoas pelo Twitter, que me ensinaram e ganharam meu respeito ndependente da sua orientação sexual muito mais do que qualquer personagem de programa de TV. E claro, sem usar script.

20 de março de 2010

Americana sob ângulos curiosos [3]

"Americana" sim, alfabetizados em inglês não!



Latrina-tour?



Os gatos eram sagrados no Egito antigo, agora nunca ouvi falar nada sobre galinhas...



Solta o play aí, Macaco!

16 de março de 2010

Meanwhile, at the (justice) room...

Anotações e reflexões sobre mídia e comunicação no Versão Desconexa

14 de março de 2010

Atemporal

Uma noite, parado num semáforo eu liguei o rádio e na Kiss FM estava tocando uma música do Queen. Alguns segundos depois ouvindo a música meu pai comenta:

- Interessante, não? As pessoas não morrem mais...

- Como assim?

- As pessoas deixam marcas. Podemos ouvir a sua voz gravada, podemos ver sua imagem numa fotografia, a sua caligrafia... De certa forma o ser humano achou uma forma de ser eterno.

9 de março de 2010

Um lugar pode mudar uma vida inteira

Sempre que penso em mudanças na vida, de opções não-convencionais e novos caminhos eu me lembro deste depoimento do Dinho Ouro Preto no DVD sobre o Aborto Elétrico. Acompanhe até o fim:

8 de março de 2010

A um palmo de distância

Mesmo a mais de um mês de distância, ainda me pego relembrando e reinterpretando histórias da Campus Party, desde vez provocado pelo Dia Internacional da Mulher:

Na bancada onde costumávamos sentar ficava uma mulher um pouco mais velha do que a média da idade do evento, cabelos vermelhos e muito trabalho a fazer. Mas nunca soube ou me permiti sucumbir a curiosidade de descobrir. Era muita coisa ao mesmo tempo pra mim, me dizia.

Eis que aparece a Baunilha dentro de uma equipe da MTV para caçar personagens no evento e se descobre o lado totalmente panfletário da pessoa: Da sua luta pela conscientização dos direitos, do combate a violência contra a mulher, da defesa da Lei Maria da Penha.

Um rico personagem, uma rica história, estava ali a um palmo de distância da gente o tempo todo e que eu não me permiti em descobrir. Imediatamente me lembrei de um caso semelhante relatado no Jornalismo B.

No final só pude pensar: "Pai, afasta de mim esse cale-se"

7 de março de 2010

No reflexo

Não reclamo porque já estou acostumado. É muito comum aparecerem visitas em casa enquanto eu estou dormindo e me deparar com elas estando com a cara amassada do sono. Mas antes disso acontecer é sempre bom ficar ouvindo as conversas da sala e potencialmente escutar o que as pessoas falam de você quando acham que você não está ouvindo. A de hoje foi que a vizinha estava perguntando pra minha mãe se eu já estava dirigindo, porque viu alguém muito parecido comigo dirigindo um Ford Ka estes dias na cidade. Minha mãe respondeu que não, eu não dirijo. A vizinha complementou dizendo que torcia muito pra que eu tirasse carta logo, tivesse um carro porque quem não tem um carro hoje em dia é uma pessoa discriminada, não é levada a sério pelos outros.

Quero deixar claro que não tenho raiva desta vizinha, muito pelo contrário. Ela é uma pessoa muito sincera e que também tem muitos problemas com outras pessoas justamente por causa disso, pela não aceitação alheia das ideias que ela coloca pra fora. Eu a admiro e a compreendo, porque se eu não aceitar tudo que as pessoas falam, com que direito vou querer que os outros aceitem as verdades e vontades que eu disser? Seria muita hipocrisia.

Mas cada cabeça é uma sentença. Ela pode estar com toda razão no diagnóstico mas eu não concordo com o tratamento. É chover no molhado alguém vir me falar sobre discriminação e exclusão. Eu já me 'pós-graduei' neste assunto. Mas isso não significa que entreguei os pontos e resolvi jogar o jogo da maneira que a maioria quer.

A vida é composta de muitos caminhos e é natural do ser humano buscar o mais fácil, o mais conhecido. Não quero julgar ninguém pelas escolhas que faz só por elas as serem as mais fáceis, só não quero que façam as minhas a minha revelia. Estou mais do que consciente do preço que vou pagar por querer ir contra a corrente, e favor queiram entender isto, é um coisa boa! Posso estar enganado, mas tudo dentro de mim me diz que vai ser uma coisa boa.

Como bem disse o Thiago, não se deixe intimidar.

Músicas que me fazem quando estou apaixonado

Margarida Pinto - "Agulha do Tempo":



Vanessa Rangel - "Por Toda Vida Agora":

2 de março de 2010

Tem botão pra tudo



- Se rolou aquele silêncio abismal e bolas de feno pasaram pelo lugar, Instant Tumbleweed.

- Se a situação começou a ficar dramática, Drama Button.

- Se a situação não evolui bem e choca todo mundo, a expressão #morri cai muito bem. (Cai bem, sacou? Hein? Hein?)

- E quando tudo está perdido, só resta gritar um "NOOOOOOOOOOOOOOOO!"