Verdades sejam ditas
O último dias de painéis na Campus Party e na área de blogs trouxe uma boa surpresa. O painel "Blogs dentro da globalização" trouxe um tapa na cara que a egosfera estava precisando: Vocês não trabalham juntos, fazem parte da cultura egocêntrica brasileira e que a monetização ganhou ares de paranóia no meio.
Fazer o balanço dessa Campus Party é um pouco esse puxão de orelha: Valorizar mais o que aconteceu fora da programação. As nossas trocas de experiências, as amizades criadas, as fortalecidas, os horizontes abertos.
Se temos muito por melhorar em 2011, eis a nossa maior conquista: A vontade de fazer melhor ano que vem.
31 de janeiro de 2010
Campus Party 2010 - Dia 6
29 de janeiro de 2010
Campus Party 2010 - Dias 4 e 5
Quebrando o mito das celebridades e criando realidade
O quinto dia da Campus trouxe em pauta um assunto auto-referente e muito pertinente: A relação da internet e a criação de celebridades. Muitas delas estão no evento, muitas foram desconstruidas aqui mesmo. Muito mais vezes do que nós desconfiamos.
A Campus Party materializa um mundo maravilhoso, de pessoas que fazem parte da nossa vida mesmo estando a milhares de quilômetros da gente. Algumas passivamente e muitas outras de forma extremamente ativa. O que fazemos aqui é só efetivar tudo aquilo que nós faz humanos.
Dentro desse Big Brother de 8 câmeras e 1.500 moradores aprendemos muito sobre como nos conhecemos e como nos relacionamos. Esse Woodstock nerd tem muito valor por existir.
28 de janeiro de 2010
Campus Party 2010 - Dia 3
[No exato momento que comecei a escrever este post, aconteceu a revolução das cadeiras versão 2010]
Ao contrário do que possa parecer, a Campus Party exige uma grande dose de comunicação pessoal. E é interessante como isso funciona tranquilamente por estas bandas. Twittar vira necessidade de localização, que vai permitir que a conversa desenvolva pessoalmente. E conversa-se muito mesmo. Tanto que já começo a sentir receio pelo dia em que a festa vai acabar e todos nós voltaremos para os nossos respectivos e longínquos cantos do Brasil.
Vamos às decepções?
O painel "Apuração para blogs" foi totalmente para dummies. As respectivas práticas são muito úteis sim, mas manjadas demais para qualquer um que tenha uma certa experiência ou no mínimo percepção do meio jornalístico.
"Jornalismo na rede" insistiu na velha polêmica do diploma, e sem nenhum argumento claro digno de tirar o assunto da cova. Mas teve excelentes trabalhos de jornalismo online sendo citados como o PE Body Count e o Garapa.
Mas a conclusão que chego do conjunto é que talvez estejamos pensando demais no futuro e menos no presente. Sinto um espaço vazio nas maioria das palestras que acontecem por aqui. Já sabemos quais só nossas questões e desafios, precisamos agora pensar no presente e em ideias para começar a transformá-lo.
Uma Campus Party mais aprofundada e mais engajada em 2011? I wan't to belive!
27 de janeiro de 2010
Campus Party 2010 - Dia 2
Yo soy un bom capusero!
Se o Campus Party tivesse uma língua, com certeza seria uma mistura muito louca de português com espanhol somado com neologismos do naipe de "estrimar" (ato de criar um streaming). Se comunicação é uma arte, não dá pra dizer que os campuseros não se arriscam em quebrar o comum.
Hoje começaram as palestras nas áreas de conhecimento e os pontos de discordância não faltaram por aqui: Enquanto em outras temporadas desta série chamada Campus Party cadeiras sentiram o sabor do vento sem uma razão como guia, hoje uma quase voa por motivos muito bem definidos. Não pratico o mesmo esporte, mas deixo a minha opinião de que o público desta festa não é tão especializado assim como o amigo Thiago afirma.
Aliás, tem todo topo de público mesmo aqui dentro, com os mais diferentes pontos de vista. Como este:
Por mais que o caldeirão se agite, a gente quer ver mesmo o circo pegando fogo. Pelo menos no que se trata de idéias. Com as pequenas polêmicas de hoje partimos para o dia 3 desta jornada esperando sermos surpreendidos.
26 de janeiro de 2010
Campus Party 2010 - Dia 1
Números im-precisos
Pessoas. Gente. Muita. Mas mesmo assim o mundo parece cada vez menor. Só agora na hora de escrever é que me dei conta de que estas 6 mil pessoas que ocuparam o pavilhão Imigrantes não parecem ser a multidão de gente que costumeiramente me deixa em pânico.
Gente estranha nessa festa é o que não falta (e não vou citar Legião Urbana agora), mas a gente se sente realmente em casa.
Usar a mega-conexão é legal, mas a idéia de sermos termos milhares de pessoas de todos os cantos do mundo, muitas delas até então só conhecidas virtualmente, como vizinhos por uma semana, trocando idéias, piadas e bobagens é o que mais vale pra mim.
E a "família" vai crescendo. Ainda tem mais gente por chegar e muitas histórias pra contar.
Momento "Revolução de Sofá" do dia
O telão usado para exibir imagens do Daniel Pádua sendo "hackeado" para mostrar "Abaixo a Telefônica"
25 de janeiro de 2010
Campus Party 2010 - Dia 0
(Um pequeno diário pessoal sobre o evento)
Americana - São Paulo
Vindo pela rodovia dos Bandeirantes, a entrada em São Paulo é magistral. Qualquer caipira como eu se impressiona com a vista da marginal. E com a chuva, o grande problema da capital. Chegamos junto com ela e torcemos pra que a mesma não atrapalhasse muito o nosso caminho. E ainda bem que não atrapalhou.
Do terminal do Tietê direto para a estação Pinheiros-Tietê em direção ao Jabaquara a viagem foi tranquila, Dificil mesmo foi achar onde tinha um ponto de táxi.
Muita coisa pra fazer
Os voluntários ajudam na preparação e na condução do evento. Segundo o crachá somos "dinamizadores", e de fato isso acontece no trabalho. Mesmo com muitas barracas e kits pra montar a boa vontade prevalecia (ainda mais aos gritos do Daniel que nos remetiam facilmente a uma feira livre hahaha)
Nota para a organização geral até agora? 6, pela confusão em vários pontos. Mas nota 10 para o Marcelo Branco, que deu a cara a tapa nos piores momentos e ao Pedro, nosso coordenador, que também se mostrou muito prestativo e aberto ao diálogo.
Amanhã o dia começa bem cedo para os últimos treinamentos e pra abertura dos portões. Hey, ho, let's go!