29 de abril de 2011

Receios e neuras

O ser humano não trabalha com números absolutos. Toda informação é obtida através de comparações. Os exemplos que vivemos e convivemos ajudam a criar a nossa noção de sucesso e fracasso que só alguns choques culturais são capazes de mostrar como foi construída.

Fui muito tímido na infância, do tipo incapaz de comprar pão na padaria por não saber o que dizer para a balconista. Era chamado de "bicho do mato" pelos meus pais. Isso formou uma idéia muito forte na minha cabeça de que qualquer coisa que as pessoas fizerem vai ser mais desenvolto do que qualquer esforço que eu fizer, por maior que seja.

Aí um dia falam pra mim que eu me enturmo muito bem com as outras pessoas.

Em outro ponto da mesma questão, em uma conversa há alguns dias, me perguntaram se eu não sentia receio de me mudar para São Paulo. "Olha, eu sentia receio de ir comprar pão na padaria, então se uma coisa pode ser resolvida porque a outra também não?"

Eu só saí do extremo dos receios praticando. E praticando tudo ficou mais fácil, como se houvessem apenas um "TER" e "NÃO TER" dessa situação e não graduações e intensidades.

É como exagerar nas tintas, mas ao invés de fazer isso para aumentar o problema se faz para aumentar a solução.

Se faz necessário. A gente tem que carregar nas tintas porque a vida é de fato impressionista e impressionante.

27 de abril de 2011

Too much information

Eu continuo me surpreendendo com as opiniões que ouço fora do meu círculo de convivência.

Talvez por estar sempre esperando o pior o bom sempre cause mais impacto.

Existe até um sentido biológico para isso. Já se perguntou por que pobre chora tanto de felicidade em programas de TV? Porque o choro é uma demonstração das emoções raras. Se você é mais acostumado com o sofrimento do que com a alegria é normal que isso aconteça.

Talvez isso me explique muita coisa.

E talvez as explicações se bastam sozinhas para não tirar a surpresa de próximos acontecimentos.

19 de abril de 2011

Goodbye, my Sarah Jane

Doctor Who actress Elisabeth Sladen dies

Doctor Who star Elisabeth Sladen, who was also in spin-off series The Sarah Jane Adventures, has died aged 63.


17 de abril de 2011

Xiitas

Quando vejo pessoas com deficiência, pessoas hospitalizadas, em tratamento médico, levando a vida eu me pergunto sobre o sentido da mesma.

Invariavelmente acabo passando pela religião.

E também na enxurrada de pensatas ateístas que recebo todos os dias.

Sendo franco comigo mesmo a religião ou qualquer tipo de crença é um analgésico. Uma droga para acalmar nossa consciência dos problemas da vida e das realidades dela. Todo ser humano necessita de algo assim.

Alguns recorrem às drogas propriamente ditas para conseguir isto.

Aí acusam as religiões de serem o motivo de toda a desgraça do mundo. Você pode pensar nisso, mas analise primeiro quantos adeptos estas religiões tem e qual a parcela destes esteve envolvidos nestes atos violentos. Agora compare a quantidade de usuários de drogas e quantos estão envolvidos em atos violentos. Até mesmo contra a si mesmo.

Onde eu quero chegar com isto? Nem eu sei. Apenas pensei no sentido da vida e cheguei à mesma conclusão que todos chegaram até hoje sobre esta pergunta: Nenhuma.

É isso. Por enquanto.